quarta-feira, 18 de junho de 2008

Papai Noel e Coelhinho da Páscoa

Segundo o livro "Ombudsman",de Caio Túlio Costa, as instituições que mais têm credibilidade com a população são:

1°) Medicina
2°)Forças Armadas
3°)Jornalismo
4°)Igreja

E tem gente que não acredita na inocência das pessoas...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fato

Eu vi a Lua cheia.
Aqui em Bsb não parece ter coelhinho nela.(Ainda bem,se for analisar sob prisma da superstição).
Será que Goiânia fica de cabeça pra baixo ao encher da lua?(e aí o coelhinho aparece?) Ou meus olhos mudam de acordo com a cidade?
Estive pensando,acho que as coisas realmente mudam só com o fato de sair do ninho.
Meus olhos ganharam capacidade de ver mais algumas cores.
Aliás,ganharam capacidade de fazer novas misturas de cores.
Eu adoro cores.Elas são meu radar.
E adoro as pessoas novas que surgem.E as que vão ficam...mesmo indo.
Onde eu estava mesmo?Ah!Pessoas que surgem...mesmo que não em carne e osso.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

The End

O começo
A primeira exclamação
Interrogações
Muitas exclamações
Reticências
Ponto e vírgula
O recomeço
Reticências
Vírgula
Algo borrado na tela,identificável
Ponto final
Outra página.Em branco.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

.Sintetizando.

Dizem que os olhos são a porta da alma.
Meu olho é resistente.
Muda a fechadura da minha porta.
Você pode até ter a chave-mestra,mas terá entrado ilegalmente.

sábado, 19 de abril de 2008

Ingenu(idade)

Alternância ilógica de fases na vida.
Acreditar ou não em algo.
Ó,que resquício de esperança incoveniente!
E o pior de tudo é que não sei qual é pior:voltar à adolescência petulante e super questionadora,ou envelhecer as idéias.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Patrão

E eu,que não gosto do bom gosto,nem dos bons modos,venho com a calma dizer algo que foi escrito e reescrito,cantado e requentado,recantado e aquecido.
Venho como simples mortal,com uma feridinha.Ferida da qual tiro a casquinha e mexo,mexo até provar ao meu corpo que só se cura uma dor com outra.
Eu,que nem tenho uma dor agora,inventei ou hiperbolizei um fato qualquer para aqui vir contar.Eu,que me atino quando a imaginação me cutuca.Quando a crueza dos fatos me dão tchau.Eles saem para comemorar mais um dia cumprido,tal qual servidor que bate ponto todos os dias na hora marcada.Os fatos servem ao patrão destino.
Hoje,porém,sou meu patrão.Solitário,contando cores do meu mundo,solitário,traduzindo sentimentos,solitário.
No meio da gente apressada,parei.À frente das câmeras naturais rodeadas por cílios,dei meu show.Não falei nada,só pensei.Esse é o meu show.
Hoje sou meu patrão.Visto-me quando quero.Vejo-me despido em público.Rabisco obras de arte e vejo rabiscada a minha.
Sobre a cura que mencionei,ela é certeira.Escrevo aqui um devaneio inventado,ou um tão real que não sei mensurar sua fatalidade.Devaneio forjado,ou tão cúmplice do meu ser,que meu corpo não o distingue mais.
Mude a dor.Troque a pilha do cheiro que sente,da voz que escuta,da mão que o afaga.Mude o ferormônio,a droga à qual seu corpo clama veemente.

domingo, 13 de abril de 2008

Apenas um comentário

A poesia sai e pronto.Ela tem domínio sobre o poeta.Na vida é assim.A musa clama a palavra do poeta,que,por sua vez,é dominado pela força engasgada que a poesia exerce ao querer sair.É verdade,ainda há o fato de a musa chorar o silêncio do poeta.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sem luz,sob olhar da câmera e em ação!

Não é razoável o "companheirada" ou "camarada",já que somos vítimas da tendenciosidade com que a mídia traduz esses vocativos.Gosto,no entanto,da carga de intimidade e intimação que os mesmos trazem consigo em um discurso.(Deixo claro também,que não estou relacionada a partido político algum).
Acho importantíssimo que alunos,professores e funcionários se posicionem e se manifestem,sejam a favor dos ideais colocados em discussão pelos representantes do DCE,ou o contrário.
Interessante a manifestação de hoje,dia 07/04/2008,no prédio lotado da reitoria da Universidade de Brasília.
É tempo de não se calar mais.
É hora de tentar reconstituir a imagem dos movimentos estudantis que ficou impregnada na sociedade.Em especial,a que transformou estudantes em porra-loucas e famosos rebeldes sem motivos.Não,pelo contrário,adornou-se as paredes locais com as pautas,os tópicos reivindicados hoje.(Quero falar,no entanto,sobre a cena em si e não sobre a essência,causa do fato)
Tópicos esses que foram votados por 1500 alunos,em assembléia deliberativa,para continuarem na lista oficial a ser divulgada e negociada junto aos representantes da administração da Unb.
Foram discutidos,pensados vários aspectos da manifestação e suas prováveis repercussões.Clara ficou a tentativa de se realizar uma reunião que se aproximou ao máximo da lógica democrática.Pontos de vistas diversificados,controle do tempo de exposição de argumentos...aliás,muitos argumentos em foco.
Faz-se necessário parabenizar àqueles que,ousadamente,ficaram as 96 horas no gabinete do reitor.
Que sofreram com a indignidade de permanecerem sem condições básicas para higiene e saúde.(Cortaram água energia do prédio duas vezes).
Felicitações ao representante dos futuros comunicadores sociais que esteve na ocupação.Atitude que mostra o quão temos que valorizar os estudantes que têm possibilidades de colaborar para a melhoria da informação que será passada para a sociedade.
Foi uma carga intensa de ânimo,de esperança lançada na comunidade acadêmica.
Enfatizo,no entanto,a tristeza com que olho as programações que noticiaram o ocorrido.Mostraram superficialidade,mais uma vez,as falas e ações.Gravaram tudo durante,pelo menos,as quatro horas de assembléia,mas as cenas mal foram ao ar nos jornais.Colocaram em evidência,termos pejorativos como "invasores,pancadaria".Por que não "manifestantes,resistência,persistência"?Bem,cada um nomeia de acordo com seus interesses,verdade.
Respeito e apoio são fatores dos quais precisamos.
A sociedade precisa ver sob prismas mais éticos o que tem sido pensado,feito e planejado.Isso seria possível com uma mídia mais comprometida,ou com os 1500 gritos cada vez mais vorazes.
Ah!Acredito na potência dos estampidos.
Na veemência com que colam os cartazes,na personalização ao pintarem os rostos.
Eu sou uma vítima da utopia ou uma sonhadora.(Isso me lembra Voltaire e um amigo cubano).
Uma cooptada pelos ideais ou uma otimista.
Tanto faz,mas eu estive lá.Eu vi.
Eu sei o que houve e não o que me foi mostrado.
Também levei empurrão de segurança.
E absorvi a energia despendida por ele ao fazê-lo.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Dancidade

Galpão e pessoas.
Olhos nos olhos.
O ponto firme é o outro.
Equilíbrio.
Meia-ponta de pés.
Braços esticados.
Espelho.Você é um espelho.
Continuidade e leveza alternada com a surpresa do 'break'.
Círculo.
Telefone sem fio adaptado à expressão corporal.
Respeito.
O segundo.
A pausa.
Estética.Flash.
Trocas entre duplas.
O individual.Concentração.
Música.
Agora tudo junto.

sábado, 22 de março de 2008

Queridos fodidos

É bom fazer amigo e nunca mais (em tese) vê-lo tão de perto.
Conheci,neste fim de semana,o melhor jogador russo,vi a Estrela se espatifar e fui ao puteiro.
É...um dia,conhecerei um mocinho que se dá bem na vida.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Dia

Espertador com design moderno.Chuveiro.Escova e pasta.Roupa.Lanche.Escova e pasta.Portaria.Rua.Parada.168-L2 Norte.Cobrador.Livro da Clarice.Parada.Pavilhão João Calmon.Professor.Debret.Minhocão(Instituto de Ciências).Cacom.Sinuca.Pessoas.Livro da Clarice.Lanche.Raio,eu e Ádon.Poesia do Ádon.Chocolate.Biblioteca.Raio e trelas.Potoca.Memória de minhas putas tristes.
Aula de foto.Ônibus perdido.Carona até a L-2.Outra parada.Alívio.168-Cruzeiro.Cobrador.Livro da Clarice.Parada.Chuveiro.Lanche.Internet.Fim do livro da Clarice.Internet.Televisão.Cama.2h.Janela.Lua cheia maravilhosa.Algum sonho.

Esse foi o dia.Nunca mais será exatamente assim.Isso é o bom da vida!

quarta-feira, 19 de março de 2008

(Des)Construção


Meus heróis morreram.Meus heróis não morreram.
Herói que não se imagina enquanto tal.
Que foi planejado.
Que é paradigma sentimental e,no entanto,descreveu-me,perfeitamente,a frieza.
Herói contraditório,apesar de tamanha bibliografia.
Que raspa o couro cabeludo,quando todos têm fios sedosos.
Herói,às vezes,pueril.
Cansado,também,do lirismo comedido.
Almejado por pedras.
Herói puto,rasgado e bêbado.
Herói que lacrimeja,que tem rugas
Que rima como pode e vende no ônibus
Aquele que consente e o que esmurra
Herói que toma,porque é cobrado
Herói dito louco quando criativo
E dito fraco,quando cauteloso
Herói aplaudido e difamado
Laico,nômade
Mortos de morte e de sorte
E,sobretudo,o herói que ainda não descobri
Para moldar,desmanche!

domingo, 16 de março de 2008

.O flayer que originou o título.

"Em algum momento da vida,alguém necessita do olho do outro.
Em vários momentos escuros do viver,alguém vai te dar os teus olhos.
Quando a individualidade visualizar um ponto,coletivamente,poderão visualizar reticências...
O ponto de vista é visto de um ponto multiforme."

(Adécio Cândido)

Como na fábula,em que o personagem faz um audacioso convite, sugiro aos leitores que "revejam,com sublimado olhar,uma vida que sempre foi vista de forma vil."